Aline



Se você tivesse um sabor, qual seria?

Uva, pêra, chocolate, doce como mel? Ou azeda como limão?
Infelizmente muitas vezes nosso sabor é amargo. Somos perfeitas em tantas coisas, lindas por tantos motivos, mas como um cafezinho esquecido pelo açucareiro, nos tornamos tão amargas. E aquilo que poderia ser tão agradável, um cafezinho feito na hora, fresquinho, quentinho, aparentemente tão gostoso, vira decepção pelo sabor amargo. Muitas vezes esquecemos de colocar o açúcar no nosso dia, ficamos meio destemperadas, sem sal, sem gosto, sem prazer, sem alegria, sem sabor de vida.

Eu tive o prazer de hoje sentir a minha amargura, foi horrível, mas muito saudável, pois me libertou do meu veneno e decidi pôr um pouco mais de sabor na vida. Na verdade este é um bom princípio para sobrevivência, reconheça seu sabor, você tem gosto de quê?

Se descobrir que nem mesmo você se aguenta, ótimo! Dos sabores da degustação, doce, amargo, azedo, um dos mais importantes e necessários é o amargo. O gosto desagradável é interpretado como perigo, e tem ajudado o ser humano a lutar pela sobrevivência em meio às descobertas do paladar, se livrando de possíveis envenenamentos. O que se torna útil em todos os sentidos da vida. Se você descobrir que, com o tempo está amargando, reconsidere sua vida, pois pode ser fatal, tanto para você quanto para os que estão à sua volta.

A vida começa a amargar, quando reclamações, lamentos, complexos, traumas, medos, dúvidas, e tantas outros dissabores nos dominam. Mas sobretudo, quando nos privamos da graça de Deus. A Bíblia diz em Hebreus 12. 15:

"Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem"




Privar-se da graça de Deus é não viver o seu amor, seu perdão, sua misericórdia. É não aceitar que Ele nos ama, mesmo como somos, e em seu Filho somos perdoados e livres de qualquer condenação.Se privar de seu amor é abrir a porta do coração para os ressentimentos, e se esquecer que a vida é muito mais.

Sua graça, é a própria vida! E viver é maravilhoso demais pra deixar pra depois. Saia do quarto, e viva!
Comece sendo mais grata, por tudo que você tem, pelo que não tem! Pelas pessoas que entraram em sua vida, e te tornaram quem você é hoje.

Sorria mais, reclame menos. Ore se estiver insatisfeita, e comece o dia com uma música que te eleve a Deus.  Escolha o sabor da sua vida. Você não escolhe o que lhe acontecerá, mas escolhe como reagir ao que lhe acontece. Deixe de ser azeda, amarga, não vale a pena, você vai ficar perturbada, e contaminar quem está perto com sua chatice.

Não leve tudo tão á sério, e viva a vida mais leve. Afinal, viver é um dom maravilhoso que você recebeu. Então, não perca tempo com ressentimentos, ELE te ama!!!

Me lembro de uma canção que trouxe muito alívio em momentos escuros que vivi. É em italiano, a letra é de Domenico Modugno, aqui interpretada por Negramaro, se chama "Meraviglioso", "Maravilhoso". Fala exatamente sobre sabor da vida. A vida tem gosto de Maravilhoso. Interessante, que é este também um dos nomes de Jesus, "Maravilhoso". Que este maravilhoso sabor tome conta de tudo que você é, e também do que não é. Ele te ama tanto que te deu a chance de viver! Não desperdice. Nenhum dia!

Beijos com carinho, Aline.



Tradução:


É verdade,
Acreditem em mim, aconteceu
À noite sobre uma ponte
Observando a água escura
Com um desejo ernome
De mergulhar no rio uh..
De repente,
Alguém atrás de mim
Talvez um anjo
Disfarçado de pedestre
Me levou embora dizendo,
Assim, ih....

Maravilhoso
Mas como você não percebe
O quanto o mundo é
Maravilhoso

Maravilhoso
Até mesmo a sua dor
Poderá ser curada em breve
Maravilhoso
Mas, olhe ao seu redor
Que dádivas te fizeram
Te inventaram
o mar
Você diz: eu não tenho nada
Te parece nada o sol,
A vida
O amor...

Maravilhoso
O afeto de uma mulher
Que ama apenas a ti
Maravilhoso
A luz de uma manhã
O abraço de um amigo
O rosto de uma criança
Maravilhoso

Maravilhoso...
Ah!? ah ...
(vocalizado) 

Mas, olhe ao seu redor
Que dádivas te fizeram
Te inventaram
o mar
Você diz: eu não tenho nada
Te parece nada o sol,
A vida
O amor
Maravilhoso
(vocalizado) 

A noite tinha acabado
E o sentia ainda
Sabor da vida
Maravilhoso
Maravilhoso
Maravilhoso
Maravilhoso
Maravilhoso
Maravilhoso


















Aline

Quando alguém nos desaponta, nos fere, quando perdemos algo importante ou sofremos alguma injustiça, a raiva e a indignação são sentimentos normais, mas o problema é quando esses sentimentos se transformam em mágoa e amargura. No livro "O poder do perdão", o psiquiatra americano Fred Luskin, apresenta a sua experiência e estudos sobre esse tema. Ele demonstra que o processo de perdoar pode ser treinado e desenvolvido. Ele utiliza a metáfora de um aeroporto, que está com o tráfego aéreo congestionado, para explicar como fica a mente de uma pessoa, sobrecarregada pelas mágoas. Cada avião que está no ar é comparado a uma mágoa, que enquanto não pousa, fica exigindo energia e exaurindo os seus recursos.

Quando guardamos uma mágoa e pensamos na dor que sofremos, o cérebro reage como se estivéssemos em perigo naquele momento. Ele produz substâncias químicas ligadas ao estresse, que limitam as nossas ações. A parte pensante do cérebro fica limitada, é quando agimos sem pensar para nos livrarmos da sensação de perigo.

Portanto, a mágoa consome muita energia, pois cada vez que contamos o que aconteceu, os mesmos sentimentos são desencadeados. O cérebro não sabe distinguir se aquela traição ou agressão aconteceu agora ou há três anos.

Assim como escolhemos o canal de TV que queremos assistir, também podemos aprender a escolher qual o "canal" que estará passando na nossa mente. Podemos escolher pensar no quanto fomos vítimas, o quanto fomos machucados, e com isso perpetuar o nosso sofrimento ou podemos escolher pensar no quanto fomos fortes para sobreviver ao que aconteceu e mudar o nosso foco. Não significa que devamos passar por cima da tristeza, da dor e da raiva que sentimos, mas precisamos aprender que existe um tempo para esses sentimentos.

Uma forma de mudarmos o "canal" da nossa mente é pensar em como podemos mudar a história da nossa dor. Qual a história que contamos para nós mesmos sobre o que nos aconteceu?

Relembrar o fato, falar disso inúmeras vezes, ficar no lugar de "vítimas" dentro da história que contamos, nos dá a sensação de que o sofrimento que passamos não será esquecido e que se e abandonarmos esse lugar, quem nos fez sofrer ficará liberado de pagar pelo que fez. Mas, conservar a mágoa, nos mantém ligados de forma ineficaz à pessoa que nos fez sofrer.

O outro provavelmente não está sofrendo, nem mais e nem menos, só porque mantemos a mágoa dentro de nós.

Cada vez que contamos a história da nossa dor, ressaltando o quanto fomos vitimas daquela pessoa e enfatizando o quanto ela foi cruel conosco, continuamos dando poder a ela. Ficamos presos num papel que não deveria ser mais o nosso. Precisamos ultrapassar esse momento, precisamos nos curar.

Que tal parar um pouco e reformular a história da nossa dor? Sem forçar acontecimentos ou inocentar ninguém, mas colocando um foco nas nossas atitudes, no que fizemos e podemos fazer de construtivo diante do que aconteceu.


Aline


As Três Peneiras de Sócrates

Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:

- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!

- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.

- Três peneiras? Que queres dizer?

- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?

- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.

- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade.
 Ou não? Este comentário irá construir ou destruir o caminho desta pessoa.

Envergonhado, o homem respondeu:

- Devo confessar que não.

- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?

- Útil? Na verdade, não.

- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti.
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